Docente: Paula Sibilia e Marianna Ferreira Jorge              Modalidade: Presencial

O curso se propõe a estudar algumas transformações históricas que vêm ocorrendo nas últimas décadas, assinalando uma crise geral das instituições e dos valores modernos que afeta também os modos de sofrer. Do “vício” da conexão e da visibilidade nas redes sociais da internet, até a implosão dos consensos ou a incerteza a respeito das diferenças entre verdadeiro e falso; do estímulo constante por tudo querer, até a frustração por nem tudo (ou quase nada) poder. Daí o crescente recurso à medicalização dos mais diversos mal-estares, com a consequente ênfase na “saúde mental” que têm invadido o debate público mais recente. Recorrendo ao método genealógico e ao diálogo com autores que estão pensando sobre o assunto, bem como às suas diversas manifestações midiáticas, focaremos certas angústias contemporâneas que se inscrevem, de modo paradoxal, numa sociedade supostamente voltada para o bem-estar, entendido como a busca do prazer individual e de uma felicidade decorrente da autorrealização, em evidente contraste com a explosão das desigualdades sociais no plano coletivo.

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